A CONJUNTURA ATUAL AMBIENTAL DO RIO AMANA, FLORESTA NACIONAL DO PAU-ROSA, AMAZÔNIA, BRASIL IMPACTOS FÍSICOS DO GARIMPO DE OURO

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Lorena de Paula Cabral
Jarbas Honorio de Miranda
Jacqueline Martins Gomes

Resumo

A exploração de minérios é umas das atividades econômicas mais importante em termos mundiais, por outro lado, infelizmente é umas das que mais causam impactos ambientais e de saúde pública. Em inúmeros casos, tais atividades são desenvolvidas de forma ilegal, gerando rejeitos que são descartados de forma inadequada e/ou sem nenhum tipo de tratamento remediador. O estudo foi realizado através de uma excursão por via fluvial, organizado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO), com objetivo principal a distribuição de cestas básicas aos povos tradicionais da Floresta Nacional (Flona) do Pau-Rosa, onde foram percorridos os três dos quatro rios principais que banham a Flona: o Paraconi, Parauari e Amana. Foi possível constatar que o rio mais afetado pela atividade de garimpo é o Amana, onde foi possível encontrar vários pontos de garimpo ilegal, com a presença de dragas. Vários trechos apresentam pontos de assoreamento, ocasionando estreitamento do rio. Visivelmente houve um aumento dos sólidos em suspensão, causando uma grande turbidez nas águas que antes eram relatadas como cristalinas pelos moradores mais antigos. Foi constado também que a população tradicional, entende que as águas têm uma grande probabilidade de estarem contaminadas pelo mercúrio proveniente do garimpo do ouro, porém necessitam consumir o pescado e a água para suas necessidades básicas, não tendo outra opção. Ao final, a analista do ICMBio, conversou com alguns garimpeiros e alertou sobre a ilegalidade da atividade e orientou para que fizessem a retirada dos maquinários.

Detalhes do artigo

Como Citar
de Paula Cabral, L., Honorio de Miranda, J., & Martins Gomes, J. (2023). A CONJUNTURA ATUAL AMBIENTAL DO RIO AMANA, FLORESTA NACIONAL DO PAU-ROSA, AMAZÔNIA, BRASIL: IMPACTOS FÍSICOS DO GARIMPO DE OURO. Nexus - Revista De Extensão Do IFAM, 9(13), 108–117. https://doi.org/10.31417/nexus.v9i13.199
Seção
Relato de Experiência
Biografia do Autor

Jarbas Honorio de Miranda, Universidade de São Paulo

Engenheiro Agrônomo (EA/UFG/Goiânia), Professor Associado 3 do Departamento de Engenharia de Biossistemas ESALQ/USP (email: jhmirand@usp.br). Possui Especialização em Irrigação e Drenagem pelo Curso Internacional Convênio Brasil-Espanha. Concluiu o Mestrado e Doutorado em Irrigação e Drenagem pela ESALQ/USP. Em 2012, concluiu o Pós-Doutorado em Irrigação e Drenagem, junto ao Department of Agricultural and Biological Engineering (ABE), University of Illinois at Urbana-Champaign (EUA). Na Graduação é responsável pelas seguintes disciplinas: Física do Ambiente Agrícola (Cursos Engenharia Agronômica e Engenharia Florestal), Física (Curso Ciências dos Alimentos) e Física para Biologia (Curso Ciências Biológicas). Na Pós-Graduação, é responsável pelas seguintes disciplinas: 1) LEB 5038: Modeling water flow and solute transport in soil and groundwater e 2) LEB 5003: Natural Water Management, junto ao Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Sistemas Agrícolas (PPGESA/ESALQ/USP). Atua nas linhas de pesquisa em Irrigação e Drenagem: Dinâmica da Água e Solutos no Solo: aplicação de modelos de simulação (contaminação ambiental do solo e águas subterrâneas), simulação computacional da posição do lençol freático (Drenagem de Terras Agrícolas), monitoramento da umidade do solo (calibração e aplicação de sensores eletrônicos), obtenção de parâmetros de transporte de solutos no solo (elaboração e ajuste numérico de Breakthrough Curves, BTC´s). Desde 2009, atua em pesquisas e em colaboração internacional com Professores/Pesquisadores da University of Illinois at Urbana-Champaign (EUA) (Department of Agricultural and Biological Engineering). Em 2016 iniciou atividades de pesquisa junto ao Department of Biological Systems Engineering, da University of Nebraska-Lincoln (EUA). Possui parcerias com a University of New South Wales (UNSW; Sydney, Austrália, desde 2018) e com a Politehnica University of Timisoara (Romênia) (desde 2018). Desde 2012 é Membro da American Society of Agricultural and Biological Engineers (ASABE-EUA) e Membro do ASABE Committee SW-23 Drainage (EUA). Foi Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Sistemas Agrícolas (ESALQ/USP) no período de 2015-2016. Desde Abril de 2017, atua como Coordenador do Projeto de Colaboração Internacional entre ESALQ/USP e a Faculty of Agricultural Sciences at the University of Chile. 

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